A felicidade para alguns pode ser algo lúdico e inocente. Pessoas inteligentes, que sabem o que a vida realmente significa, têm a capacidade de entender como as pessoas são e desvendar a hipocrisia humana de maneira trivial. Desta forma, perde-se a ilusão de que o mundo é bom e de que há pessoas boas nele. Veja, nossa ideia sobre amor incondicional é pautada na necessidade de amar por completo: qualidades e defeitos. A forma como um apaixonado vê o parceiro é ilusória e irracional, já que as pessoas só mostram suas qualidades e, quando mostram seus defeitos, é aí que dizem que o amor é aceitar o inaceitável e relevar coisas que até então eram inegociáveis. Quando entendemos essas coisas como as reais convicções e interesses das pessoas, desgostamos mais do mundo e da vida. A felicidade está no desconhecer. Você só é feliz desconhecendo os defeitos de uma pessoa, relevando abusos do trabalho, passando por cima de traumas que a vida deu e ignorando sua instabilidade financeira
A felicidade está no ignorar. Se você pensa muito nos problemas e na realidade das coisas, é infeliz, mas se ignora esses pensamentos, é feliz. Por isso, pessoas inteligentes demais não conseguem ser felizes por tanto tempo. Acho que o dever intrínseco de resolver problemas não permite fazer outra coisa senão buscar soluções. Por isso, muitas pessoas buscam felicidade em álcool, drogas, sexo, religião etc., pois essas coisas despertam o estado irracional e as fazem esquecer momentaneamente... ou deveriam.
Gostaria de aprofundar mais sobre nossas âncoras morais e emocionais. Em um próximo artigo, vou esmiuçar isso e as dependências que criamos para satisfazer nossos egos e a sociedade.
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