A felicidade para alguns pode ser algo lúdico e inocente. Pessoas inteligentes, que sabem o que a vida realmente significa, têm a capacidade de entender como as pessoas são e desvendar a hipocrisia humana de maneira trivial. Desta forma, perde-se a ilusão de que o mundo é bom e de que há pessoas boas nele. Veja, nossa ideia sobre amor incondicional é pautada na necessidade de amar por completo: qualidades e defeitos. A forma como um apaixonado vê o parceiro é ilusória e irracional, já que as pessoas só mostram suas qualidades e, quando mostram seus defeitos, é aí que dizem que o amor é aceitar o inaceitável e relevar coisas que até então eram inegociáveis. Quando entendemos essas coisas como as reais convicções e interesses das pessoas, desgostamos mais do mundo e da vida. A felicidade está no desconhecer. Você só é feliz desconhecendo os defeitos de uma pessoa, relevando abusos do trabalho, passando por cima de traumas que a vida deu e ignorando sua instabilidade financeira ...
O que é a dor? É como uma sombra persistente, silenciosa e incansável. Queria eu ter o seu vigor e insistência; paralisar ou mover algo com tamanha imponência. A dor é consciente ou inconsciente, crônica ou súbita, um lembrete ou um aviso. Lembrete sobre quando aquela dor não existia e você lembra o quão bom era não senti-la. Lembrete para jamais permitir se machucar da mesma forma ou permitir que os outros o façam. Lembrete de quando você tinha algo ou alguém e que perdeu. Aviso porque há algo dentro de você que ainda não foi resolvido e que precisa fazer algo em relação a isso. É quando ignora seus sentimentos e reprime emoções até que se esquece dela; então, a dor ressurge como um aviso, te acordando do sonho confortável que estava. É como aquela pequena ferida que aparece repentinamente na sua mão, mas o corte foi tão sutil que sequer sentiu. Só nos damos conta depois que algo cai sobre a ferida e depois nos perguntamos: como isso aconteceu? Como estou sentindo isso só agora?...